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Dias, A.; Teotónio Pereira, L.; Laurent, S. (2016). Educación para la ciudadanía global: una experiencia curricular en la Escola Superior de Educação de Lisboa. In Carmen Ruíz, Aurora Doreste & Beatriz Mediero, Deconstruir la alteridade desde la didáctica de las ciencias sociales: educar para una ciudadanía global (pp. 504-514). Las Palmas de Gran Canaria, Universidad de Extremadura / AUPDCS.

El concepto de “Educación para el Desarrollo” (ED) ha evolucionado en los últimos cuarenta anos al ritmo de los cambios que se han registrado en las relaciones políticas y económicas internacionales. Actualmente hay varios enfoques posibles, pero es esencial remarcar dos perspectivas complementarias: entender la ED como Educación para la Ciudadanía Global (ECG) y reconocer en la ED/ECG el propósito de desarrollar las habilidades asociadas con el pensamiento crítico y la capacidad reflexiva. Por lo tanto, la formación de los agentes sociales para participar en contextos de educación formal y no formal, en la Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), ha asumido la necesidad de desarrollar estas habilidades en los grados principales: Educación Básica, Animación Sociocultural y Artes Visuales y Tecnologías.

La Educación para el Desarrollo/Educación para la Ciudadanía Global (ED/ECG) esta englobada en los objetivos del plan de formación de la ESELx y ha asumido una presencia formal a través de la creación de una asignatura optativa en el Grado de Educación Básica, en el año 2012/2013, que lleva por nombre “Educación para el Desarrollo”. Durante este año escolar (2015-16), esta asignatura optativa ha sido ofrecida a los estudiantes del Grado en Artes Visuales y Tecnologías, y el año que viene estará también disponible para los estudiantes de Animación Sociocultural. Con este articulo pretendemos analizar esta experiencia curricular innovadora en la ESELx, centrándonos en los siguientes puntos: (1) definir los conceptos de la Educación para el Desarrollo y la Educación para la Ciudadanía Global que subyacen en las propuestas de formación de la ESELx; (2) describir la experiencia de formación de ED/ECG que tuvo lugar a partir del curso 2012/2013; (3) analizar las habilidades desarrolladas por los estudiantes a partir del enfoque de la Didáctica de las Ciencias Sociales.

Metodológicamente, se procederá al análisis del Plan de Formación de la ESELx y de los currículos de los Grados en Educación Básica y Artes Visuales y Tecnologías, con respecto a la inclusión de este campo de formación en el ámbito de la ED/ECG. Técnicamente se llevara a cabo un análisis de contenido de los programas de las asignaturas directamente relacionadas con esta dimensión formativa, en particular en la definición de sus objetivos y contenidos. El principal objetivo es ver como se organiza y ejecuta curricularmente la formación inicial de los agentes sociales orientada a la Educación para la Ciudadanía Global.

La Escola Superior de Educacao de Lisboa ha venido desarrollando un conjunto de iniciativas con el fin de aumentar sus áreas de formación en la educación no formal y reforzar sus vínculos en la comunidad donde se inserta. En este ámbito se inscribe la creación de una unidad curricular designada como “Educación para el Desarrollo”.

A lo largo del trabajo que se ha venido realizando en la ESELx se reforzaron dos ideas fundamentales: entender la educación para el desarrollo (ED) en cuanto Educación para la Ciudadanía Global (ECG); y, reconocer en la ED el objetivo de desarrollar competencias asociadas al espíritu crítico, a la capacidad reflexiva y al ejercicio de prácticas de intervención cívica.

Con este articulo pretendemos analizar esta experiencia curricular innovadora en la ESELx, incidiendo en los puntos ya citados: (1) definir los conceptos de Educación para el Desarrollo y Educación para la Ciudadanía Global que están en la base de las propuestas de formación de la ESELx; (2) describir la experiencia de formación en ED/ECG iniciada en 2012/2013; (3) analizar el desarrollo de competencias en los estudiantes a partir de la ED/ECG, encuadrándolas en el ámbito de la Didáctica de las Ciencias Sociales.

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Hortas, M. J., & Dias, A. (2020). Educação para a Cidadania Global: formação de professores na Escola Superior de Educação de Lisboa. Revista de Investigación en Didáctica de las Ciencias Sociales, 7, 45-63.

A relação entre as orientações para a Educação para a Cidadania Global (ECG) no ensino básico e secundário e os discursos e práticas para uma formação inicial de professores, comprometida com o desenvolvimento de competências de cidadania, é a questão central deste artigo. Os percursos realizados em matéria de ECG no ensino básico e secundário são analisados a partir dos documentos oficiais Referencial de Educação para o Desenvolvimento, Perfil dos Alunos, Competências Essenciais (Cidadania e Desenvolvimento). O lugar da ECG na formação de professores decorre da análise do quadro legislativo da formação pós Bolonha. A operacionalização destas orientações na Escola Superior de Educação (ESELx), em particular, é analisada a partir dos programas e práticas em unidades curriculares em que esta formação está prevista. A análise dos vários documentos produzidos evidencia que é pouco clara a conceção de uma cidadania enquanto praxis, isto é, enquanto ação que resulta de uma reflexão e análise críticas, direcionadas para processos de transformação da realidade em que se vive, considerada na sua dimensão multiescalar. O grande desafio reside na construção de um espaço de aprendizagem democrática, envolvendo toda a escola, numa perspetiva de ensinar e aprender, vivendo a democracia. Cada instituição de formação tem de partir da sua realidade e construir um caminho que afirme ou consolide a dimensão da ECG nos seus planos de estudo. No caso da ESELx, desenham-se algumas linhas de trabalho no sentido de reforçar a formação em ECG nos mestrados profissionalizantes. Os pressupostos para este desenho curricular definem-se na reflexão final que encerra este artigo.

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Dias, A., Gómez, A., Santisteban, A., & Pagès, J. (2020). Global Citizenship Education and Teacher Education in Spain and Portugal. In Daniel Schugurensky & Charl Wolhuter, Global Citizenship Education and Teacher Education (pp. 201-214). New York, London: Routledge.

Citizenship Education and Global Citizenship Education in Spain and Portugal have been taking place in the context of the European Union and the Council of Europe since at least the end of the twentieth century. Efforts are made to realise a European idea of education with distinct traditions through concrete curricula. This plurality has made it necessary that a debate is constantly waged, aiming at consensus, besides the differences regarding citizenship education in each country, to support the development of a common idea of European citizenship. In this chapter the situation regarding the curriculum of global citizenship education and teacher education in Europe, particularly Spain and Portugal, is presented. The differences between these two countries are highlighted.

 

Dias, A., & Hortas, M. J. (2020). Educação para a Cidadania em Portugal. Revista Espaço do Currículo, 13 (2), 176-190.

A Educação para a Cidadania em Portugal ganha um novo dinamismo e assume uma nova perspetiva com a publicação da Estratégia Nacional da Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) e dos documentos de orientação curricular, que reforçam uma abordagem à Educação para a Cidadania Global sustentada no desenvolvimento de competências (2017-2019). É sobre este percurso de uma década que se foca o presente artigo, objetivando compreender os princípios orientadores e finalidades do referencial da Educação para o Desenvolvimento e discutir, numa perspetiva crítica, as potencialidades e limitações dos documentos que operacionalizam a Educação para a Cidadania Global nos currículos em Portugal. A análise, sustentada nos documentos oficiais, reconhece o esforço para colocar na agenda das políticas educativas uma dimensão objetiva de formação cidadã. Contudo, identificam-se algumas contradições que poderão dificultar um desenho curricular comprometido com o desenvolvimento de competências cidadãs numa perspetiva de Cidadania Global.

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DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA UMA CULTURA DEMOCRÁTICA NO 1.º CEB: FINALIDADES E ESTRATÉGIAS (Relatório de Mestrado em Educação)

Patrícia Sofia da Cruz Chalana
Escola Superior de Educação de Lisboa, 2021

O presente relatório final surge no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, inserida no 2.º ano do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico. Esta Unidade Curricular contempla a realização de duas práticas de ensino supervisionadas, no 1.º e no 2.º Ciclo do Ensino Básico, e a elaboração de um estudo de caráter investigativo. O estudo incluído neste relatório – Desenvolvimento de competências para uma cultura democrática no 1.º CEB: finalidades e estratégias – surgiu através das observações realizadas numa turma de 1.º ano de escolaridade. Pretendemos analisar que tipo de estratégias se poderão implementar numa turma de 1.º ciclo, para que esta desenvolva um vasto leque de competências que promovam uma cultura democrática dentro da sala de aula e, em última instância, para que os alunos desenvolvam a capacidade de analisar e refletir criticamente sobre o mundo em que vivem, para poder transformá-lo. Deste modo, partindo da problemática – o desenvolvimento de competências para uma cultura democrática implica uma prática docente comprometida com os valores democráticos e promotora da participação ativa dos alunos – definimos os seguintes objetivos de intervenção: (i) analisar as rotinas facilitadoras de uma vivência democrática na sala de aula; (ii) identificar as competências democráticas que são privilegiadas nos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos na turma; e (iii) avaliar o contributo dos processos de ensino e aprendizagem e, em particular das rotinas diárias e semanais para o desenvolvimento de Competências para uma Cultura Democrática. Os resultados obtidos permitiram-nos reconhecer (i) que, apesar do curto período de intervenção educativa, através de uma prática docente diferenciada que promova a participação dos alunos nas rotinas do dia-a-dia é possível promover o desenvolvimento de competências para uma cultura democrática nos alunos; (ii) a importância de desenvolver um conjunto de competências para uma formação cidadã e democrática na sala de aula e na escola, tendo em conta as características da sociedade atual.

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CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: TRABALHO COOPERATIVO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM HISTÓRIA E GEOGRAFIA (1.º E 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO) (Relatório de Mestrado em Educação)

Bruna Filipa Marques Oliveira
Escola Superior de Educação de Lisboa, 2021

O presente relatório insere-se no âmbito da unidade curricular Prática de Ensino Supervisionado II, do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º Ciclo do Ensino Básico, realizado em duas turmas do 5.º ano de escolaridade. A partir do reconhecimento das fragilidades e potencialidades dos alunos das duas turmas, foi realizado um estudo de natureza investigativa que se centra no desenvolvimento da Cidadania e Participação, através dos contributos do trabalho cooperativo em sala de aula de História e de Geografia. Deste modo, a proposta de investigação tem como problemática: Cidadania e Participação - O trabalho cooperativo e o desenvolvimento de Competências de História e Geografia de Portugal (1.º e 2.º Ciclos da Educação Básica). A resposta a esta problemática organiza-se a partir de três objetivos: Identificar estratégias e atividades de trabalho cooperativo promotoras da participação; Compreender o contributo do trabalho cooperativo e da participação dos alunos para o desenvolvimento de competências Histórico-Geográficas; Explicar o contributo do trabalho cooperativo e da participação dos alunos para o desenvolvimento de competências de cidadania. Metodologicamente recorremos à planificação de atividades em sala de aula que implicassem os alunos no desenvolvimento de trabalho cooperativo de modo a refletir sobre os resultados do envolvimento nestes processos participados de aprendizagem no desenvolvimento de competências histórico-geográficas e de cidadania. A investigação desenvolvida permite concluir que o envolvimento dos alunos em atividades que implicam o trabalho cooperativo facilita o desenvolvimento de competências de cidadania, alicerçadas numa cultura da democracia, destacando-se neste estudo as competências respeito e responsabilidade, cooperação e empatia. A partir do percurso vivido e dos resultados obtidos terminamos este estudo com um conjunto de orientações para uma prática pedagógica em História e Geografia comprometida com a formação de cidadãos competentes para a prática de uma cultura da democracia.

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QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS RELEVANTES: CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO NUMA SALA DE AULA DE 1º CEB (Relatório de Mestrado em Educação)

Sofia Catarina Casimiro Baltazar
Escola Superior de Educação de Lisboa, 2021

O presente relatório, intitulado “Questões socioambientais relevantes: cidadania e participação numa sala de aula de 1º CEB.”, constitui-se como um requisito para a obtenção de grau de mestre em Ensino do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico, na Escola Superior de Educação de Lisboa. Trata-se de um documento reflexivo, sobre a intervenção realizada em turmas de 1.º e 2.º CEB no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada, centrado na análise crítica da construção de uma prática pedagógico didática a partir de questões socioambientais relevantes para desenvolver competências de cidadania ambiental em alunos do 1º CEB. A construção da resposta à problemática de investigação, emergente do contexto socioeducativo, recorre à experiência vivida pelos alunos durante a realização de um conjunto de atividades investigativas, que tinha como objetivo o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes dos efeitos das suas ações quotidianas sobre o ambiente, concretamente o uso da água.

A investigação desenvolvida permite ilustrar as potencialidades do recurso a atividades investigativas, a partir de questões socioambientais relevantes, quer na consolidação de conhecimentos prévios dos alunos, quer no desenvolvimento de competências de participação e cidadania e, por conseguinte, na construção de aprendizagens significativas. Os resultados evidenciam uma maior consciencialização dos alunos para as ações que desenvolvem, uma mudança de atitudes na forma como pensam o uso da água no seu quotidiano e, a disponibilidade para intervir no sentido de sensibilizar a comunidade escolar para a importância de adotar novos comportamentos.

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O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA UMA CULTURA DA DEMOCRACIA NUMA TURMA DE 2º ANO DO 1º CEB (Relatório de Mestrado em Educação)

Susana Daniela Albuquerque Pimenta
Escola Superior de Educação de Lisboa, 2022

O presente relatório surge no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, do Mestrado em Ensino do 1.o Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.o Ciclo do Ensino Básico.
Este trabalho apresenta-se dividido em duas partes. Na primeira parte será apresentada a descrição e análise reflexiva do período de observação, intervenção e avaliação, desenvolvida na PES II. Os contextos retratados correspondem a uma turma do 2.o ano do 1.o CEB e duas turmas do 5.o ano do 2.o CEB. A segunda parte contempla um estudo empírico intitulado O Desenvolvimento de Competências para uma Cultura da Democracia numa turma de 2.o ano do 1.o Ciclo do Ensino Básico, que teve como finalidade compreender qual o papel que o docente pode desempenhar na promoção de Competências para uma Cultura da Democracia e identificar as estratégias que se revelam mais adequadas para cumprir este propósito.

Para a elaboração do estudo foram identificados os seguintes objetivos: (i) identificar estratégias de sala de aula promotoras de Competências para uma Cultura da Democracia; (ii) analisar as CCD desenvolvidas numa turma de 2.o ano do 1.o CEB; e (iii) reconhecer os níveis de pensamento crítico numa turma de 2.o ano do 1.o CEB. A metodologia utilizada foi de natureza mista e as técnicas de recolha de dados consistiram na observação participante, na recolha de dados estatísticos e na aplicação de um inquérito por questionário e de fichas de trabalho. O tratamento dos dados foi realizado com recurso à análise estatística e de conteúdo. Os resultados permitiram apurar o papel que algumas rotinas e atividades específicas de sala de aula podem desempenhar para o Desenvolvimento de Competências para uma Cultura da Democracia e para identificar os níveis de Pensamento Crítico de uma turma de 2.o ano de escolaridade.

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A LITERATURA PARA A INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DEMOCRÁTICAS NO 1.º E NO 2.º CEB (Relatório de Mestrado em Educação) 

Diana Pereira da Silva
Escola Superior de Educação de Lisboa, 2022

O presente relatório final surge no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, inserida no plano de estudos do 2.º ano do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e História e Geografia de Portugal no 2.º Ciclo do Ensino Básico. Esta Unidade Curricular contempla a realização de duas práticas de ensino supervisionadas, no 1.º e no 2.º Ciclo do Ensino Básico e a elaboração de um estudo de caráter investigativo.

A proposta de investigação presente neste relatório resulta da prática desenvolvida com duas turmas do 6.º ano e uma turma do 4.º ano de escolaridade, tendo como problemática: “O recurso à Literatura para a Infância no 1.º e no 2.º CEB potencia o desenvolvimento de Competências para uma Cultura da Democracia (CCD)”. O percurso investigativo orientou-se por três objetivos: i) Identificar as potencialidades da leitura e da exploração de textos de Literatura para a Infância para o ensino e aprendizagem de conceitos de Cidadania; ii) Compreender de que forma os alunos se apropriam dos conceitos de Cidadania através da realização de atividades de exploração dos textos de Literatura para a Infância; iii) Identificar as CCD desenvolvidas pelos alunos a partir da exploração dos textos de Literatura para a Infância.

Na definição dos procedimentos metodológicos, orientadores do estudo investigativo, privilegiou-se uma metodologia de natureza qualitativa, com recurso à aplicação de inquéritos por questionário para identificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o conceito “guerra”; à observação direta participante durante a realização das atividades pelos alunos; à análise das sequências didáticas; à análise de conteúdo das produções dos alunos, das notas de campo e de listas de verificação.

Os resultados da análise permitiram reconhecer: i) que, o recurso à LpI e a exploração dos textos, orientada pela reflexão crítica, proporcionam o desenvolvimento de CCD e a constução de conhecimento pelos alunos sobre os conceitos de Cidadania, nomeadamente sobre os conceitos “guerra” e “refugiado”; ii) a importância do desenvolvimento das CCD pelas crianças que frequentam a escola no século XXI, permitindo-lhes ser cidadãos críticos perante a realidade social.

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O PAPEL DAS EMOÇÕES NO ENSINO DA HISTÓRIA NO ENSINO BÁSICO (Relatório de Mestrado em Educação)

Patrícia Oom Cardoso
Escola Superior de Educação de Lisboa, 2022

O presente relatório surge no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, do Mestrado em Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º ciclo do Ensino Básico, da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Lisboa.

Primeiramente, é feita uma descrição das intervenções educativas realizadas no 1.º e no 2.º ciclo do Ensino Básico.

Posteriormente, é apresentado um estudo acerca do modo como as emoções e os sentimentos se relacionam com o desenvolvimento do pensamento histórico no ensino básico. Os objetivos do estudo foram os seguintes, para o 2.º CEB: (1) Avaliar a capacidade de análise de uma fonte histórica; (2) Analisar as representações dos alunos sobre o conceito de “guerra”; (3) Identificar sentimentos e emoções que emergem da análise de fontes históricas; (4) Reconhecer sentimentos e emoções associados a factos e a personagens históricos; e (5) Analisar as representações dos alunos sobre a resolução de problemas conflituosos que emergem de situações da História de Portugal. Já para o 1.º CEB e o 2.º CEB, os objetivos específicos consistiram em: (6) Analisar a conceção de futuro dos alunos do 1.º CEB e 2.º CEB; (7) Reconhecer a capacidade dos alunos de antecipar/intervir no futuro; (8) Identificar as emoções dos alunos quando confrontados com a reflexão sobre o seu próprio futuro desejado/possível; e (9) Analisar a capacidade dos alunos de manipular as noções básicas de tempo histórico (passado, presente e futuro). A metodologia utilizada foi de natureza mista, isto é, recolhemos e analisámos dados quantitativos e qualitativos. Os resultados obtidos possibilitaram concluir que os conhecimentos e as experiências dos alunos, assim como os seus sentimentos e emoções podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento histórico e, mais concretamente do tempo histórico, nas categorias de passado, presente e futuro. Adicionalmente, inferimos que as emoções dos alunos poderão ser um motor para a construção de uma cidadania crítica, direcionada para a transformação social.

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